quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Resenha sobre o artigo no Blog de Hibernação



                 Como parte de nossa prova foi pedido uma resenha sobre algum assunto falado no blog de Hibernação (https://bioquimicadahibernacao.wordpress.com/), feito por nossos colegas João, Lara e Gabriel. Escolhemos falar sobre o post feito pela Lara que fala sobre um mecanismo de ínicio da hibernação (Hibernation Introduction Trigger - HIT) que se encontra nessa página (https://bioquimicadahibernacao.wordpress.com/2014/11/20/hibernation-introduction-trigger-hit-lara/).
                Primeiro vamos explicar um pouco sobre a hibernação que é um mecanismo metabólico pelo qual alguns animais passam durante determinada época do ano (ocorrendo uma queda nas atividades metabólicas), onde que as condições ambientais encontram-se bastante adversas e não há alimento disponível até mesmo pra manutenção da temperatura corporal. A respiração quase cessa, os batimentos cardíacos ficam mais fracos, ou seja, todo o conjunto de processos bioquímicos que ocorrem no organismo se restringe ao mínimo. O corpo opera em baixa, utiliza apenas o necessário.
                E com base nessa ideia de “conservação de energia”, pesquisadores tentam fazer a indução de hibernação através de injeção de sangue de animais que hibernam. Descobriam também que alguma substancia presente do sangue dos animais que hibernam poderão dar mais sobrevivência em órgãos transplantados.
                Essa pesquisa é uma grande promessa para tornar o transplante de órgãos humanos mais facilmente disponíveis, podendo assim salvar muito mais vidas. Já que é responsável por aumentar o tempo de sobrevivência de um órgão, de três maneiras: inibindo o metabolismo do tecido, reduzindo ou eliminando congestão hepática, ou reduzindo a hemólise, a destruição das células vermelhas do sangue.
Ainda não há muito estudo nessa área, mas um grande interessado é o Exército dos EUA que quer aumentar o tempo de sobrevivência de vítimas de combate. Qualquer avanço no prolongamento do tempo de tecido e sobrevivência de órgãos em pessoas vivas é de grande interesse para os médicos do Exército de tratamento de emergência, porque o tempo de resposta é crítico.
Na pesquisa foi usado amostras de sangue de marmotas, e introduzida em outros animais, que responderam com alguns comportamentos de hibernação. Verificaram que existem 2 partes no soro que dá forma a esses HIT’s, um inibidor natural da protease, e mais alguma molécula de morfina natural ou ‘opióides’. Foi estudado que uma simples molécula desse opióide (enkephalin) ao ser introduzida em esquilos Colombianos já fez com que eles hibernassem. Outros opióides (Dynorphin) já estão presentes no cérebro do esquilo e agem em sítios delta receptores similares ao enkephalin, e na hibernação seu índice é aumentado em 15 vezes. A origem desses HIT’s não é certa, mas as pesquisas indicaram que a circulação sanguínea que garante a passagem deles entre os tecidos do corpo.
Como dito antes interessou aos médicos do Exército Americano, pois um órgão (pesquisa feita com um coração de um porco) fora do corpo geralmente só sobrevive por 6 horas e com a aplicação desse HIT sua sobrevivência fora do sistema aumentou para 18 horas. Isso ainda é muito pouco estudado, porém já se pode concluir que o resultado pode ser bem eficiente. E nós só achávamos que os ursos só dormiam de preguiça, seu metabolismo é extremamente adaptado. Não só o dos ursos como os diversos animais que hibernam, tem até pássaro que entra em torpor.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Hibernation#Human_hibernation

Post escrito por, André Igor, Kaique Moratto, Matheus Marques, Paola Aires e Pedro Mendes.

Agradecimento final ao professor Marcelo Hermes que nos fez criar interesse pela bioquímica e o funcionamento de nosso corpo, e um agradecimento especial ao monitor Eduardo Pimenta que nos acompanhou e verficou se estava tudo nos conformes. Agradecemos aos leitores a atenção pelo Blog.

domingo, 30 de novembro de 2014

Uso de corticoides na síndrome da dificuldade respiratória (pré natal)



- Corticoides, esteróides na aceleração da maturidade fetal.
O uso de um ciclo corticoide antenatal (antes no nascimento do bebê), é um raro exemplo na medicina no qual o tratamento leva a melhora do estado de saúde, não só para o bebê, mas para a mãe também.
Moog e Buckingham, na década de 50 tomaram a frente nos estudos, e descobriram que o efeito dos corticoides atuava diretamente e de forma especifica na maturação pulmonar. Liggins e Howie, logo em seguida na década de 60, começaram a operar em práticas com ovelhas e mais tarde aplicaram seus conhecimentos em prol da saúde humana. Isso levou a eles o mérito de serem os pioneiros da corticoterapia em humanos.
Realizaram testes em um grupo de recém-nascidos (com risco de parto prematuro) usando o  hormônio esteroide e com um grupo que nas mesmas condições, usaram apenas placebo. Os estudos apresentaram uma significativa redução na taxa da Síndrome da Dificuldade Respiratória (SDR) e de mortalidade neonatal nos recém-nascidos tratados com corticosteroides.

            - Benefícios e riscos
Durante quase duas décadas seguidas, esse assunto foi grande alvo de discussões calorosas dentro a literatura médica. Por sua vez, tem sido comprovado o efeito benéfico do uso de corticosteroide nos fetos. Incluindo:
·         Aceleração da cito diferenciação pulmonar em células numerosas, como os pneumócitos tipo 2 que são responsáveis pela produção do liquido surfactante, extremamente necessário para a expansão alveolar.
·         Aumento dos pulmões.
·         Aceleram a drenagem do líquido pulmonar prévio ao parto, ajudando na respiração do bebê.
·         redução das incidências de hemorragia intraventricular e da enterocolite necrosante.

Por outro lado surgiram várias indagações a respeito dos efeitos indesejáveis atribuídos ao uso da medicação, tais como imunossupressão materna e fetal e o aumento do risco de infecções.
Com base no estudo feito sobre o uso de corticosteroide no prenatal, recomenda-se o uso de medicação durante a gestação da 24º - 34º semana.
Conclui-se então que os benefícios trazidos pelo uso do esteroide na gestação, tem valor muito importante pra literatura médica, tendo em vista que traz benefícios tanto pra gestante quanto para o feto.

Referências:

ESCRITO POR: ANDRÉ IGOR DE PÁDUA BOATO

O uso de esteroides na síndrome de Guillian Barré



Conhecida também como  polirradiculoneurite pós infecciosa, a síndrome de Guillian Barré é uma doença rara e possui um curso clínico imprevisível. A doença comporta-se desde formas oligossintomáticas, até casos extremos, onde há necessidade de internação do paciente em unidade de terapia intensiva. Além disso, tentem a recuperação espontânea após períodos variáveis de tempo. Isso leva a dificuldade na eficácia dos estudos para tratamentos terapêuticos em relação a esta doença.
Nesta síndrome, o que ocorre é a desmielinização, a respeito disto, foram escritos alguns postulados para explicar este fenômeno que ocorre nesta síndrome.
(1)
No estudo a ser apresentado, relatam-se casos clínicos de 51 pacientes internados no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), que foram diagnosticados com a síndrome de Guillian Barré. Nesse estudo, os pacientes analisados passaram por lá dentro de um intervalo de 10 anos, e foram enquadrados com esta síndrome diante dos seguintes critérios:
1.      Progressiva perda de força
2.      Sintomas sensitivos leves e moderados
3.      Distúrbios autonômicos e cardiovasculares
4.      Liquido cefalorraquidiano (com a proteína aumentada ou normal)
5.      Acometimento de nervos cranianos
(2)
OBS: o primeiro item toma-se como pilar central, característica alvo. Os demais servem de sugestão diante do diagnóstico de cada paciente.
            Esses 51 pacientes foram divididos em três grupos, sendo o que encaminhava cada paciente para determinado grupo seria o nível gravidade que a doença atingiu. A progressão desses níveis caracterizava-se por: preservação da capacidade de deambulação (grupo1), perda da capacidade de ambulação (grupo2) e necessidade de assistência ventilatória por aparelhos (grupo3). Dentro de cada grupo, há dois subgrupos: os pacientes tratados com medicamento a base de corticoide (CC), e os pacientes tratados com outro tipo que droga sem corticoide (SC).
O Grupo que recebeu medicamento com corticoide, receitado com prednisona ou dexametasona (recebendo  40 e 100 mg, respectivamente, da medicação por dia), foi comparado ao grupo que fez o tratamento sem o uso do hormônio sintético. A evolução clinica do paciente (sequelas, grau de recuperação e causa mortis) e o tempo de internação, foi o grau de comparação entre os grupos e pacientes.
Concluiu-se que o grupo que fez o uso dos corticoides, ocorreu uma melhora no quadro clinico mais rápida e um efeito mais duradouro em comparação aos pacientes que não fizeram o uso do medicamento com corticoides. 

Referências:
·         * (1)Imagem retirada de:http://medmap.uff.br/mapas/sindrome_de_guillain_barre/osreflexostendinosossoperdidosprecocemen-img.jpg
·         *(2)imagem retirada de http://questoesdefisiocomentadas.files.wordpress.com/2014/05/guillain-barrc3a9.jpg

Escrito por André Igor de Pádua