O stress mental ocorre através da elevação da atividade
cerebral e no aumento de neurotransmissores que aumentam o estado do corpo como
a nora-epinefrina. Em situação de stress extremo, o nosso organismo tenta
corrigir as disfunções biológicas causadas pelo stress através da produção de
hormônios para suportar tais condições. O corpo começa a produzir mais hormônio
cortisol (ou hidrocortisona). Esse hormônio estimula a gliconeogênese no
organismo, que por sua vez aumenta o nível de glicemia através do estímulo à
transcrição de genes que geram enzimas participantes dessa reação. Ou seja, o
corpo tenta corrigir a situação de desequilíbrio, e para que ocorra essas
reações é necessário grande quantidade de energia, proveniente da alta
concentração de glicose circulando através dos vasos. As reações que
restabelecem o equilíbrio do organismo são: mecanismo de coagulação sanguínea,
cicatrização da pele e dos ossos, ativação do sistema imunológico, recaptação
de neurotransmissores, etc.
O nosso organismo responde aos agentes estressores em 3
estágios:
- O primeiro estágio é o alarme. Nesse estágio, o corpo
reconhece o estressor e ativa o sistema neuroendrócrino. Os estímulos são
direcionados ao hipotálamo. Este, quando estimulado, secreta o hormônio
liberador da corticotropina (CRH) no sistema porta-hipotálamo, que faz o aporte
sanguíneo para a parte anterior da hipófise. O CRH estimula a hipófise a
secretar o hormônio adenocorticotrópico (ACTH) na corrente sanguínea. O ACTH
faz que as supra-renais liberem o cortisol, que age no hipotálamo para inibir a
liberação contínua de CRH. O cortisol aumenta a pressão arterial e o açúcar do
sangue, além de ser imuno-regulador. O sistema nervoso autônomo simpático
também é estimulado pelo hipotálamo.
Essa
reação estimula a produção de epinegrina e noradrenalina, que aceleram o
batimento cardíacos, dilatam as pupilas, aumenta, a suderose e os níveis de
açúcar no sangue, reduzem a digestão, contraem o baço, entre outros.
No segundo estágio (resistência), o organismo repara os danos
causados pela reação de alarme, reduzindo os níveis hormonais. Entretanto, se o
agente ou estímulo estressor continua, o terceiro estágio (exaustão) começa e
pode provocar o surgimento de uma doença associada à condição estressante, pois
nesse estágio começam a falhar os mecanismos de adaptação e ocorre déficit das
reservas de energia. As modificações biológicas que aparecem nessa fase
assemelham-se àquelas da reação de alarme, mas o organismo já não é capaz de
equilibrar-se por si só.
O cortisol não é causador de stress, ele é uma forma que o
organismo encontrou para se proteger dos efeitos do stress. A real causa do
stress é o estilo de vida que a pessoa leva, como rotina cansativa,
sedentarismo, falta de controle de uma situação, imprevisibilidade, etc.
Algumas situações inusitadas e extremas também aumentam o stress como em caso
de divórcios, morte na família, demissão do emprego, entre outros.
Escrito por Kaique
Morato S. Adelino
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