domingo, 23 de novembro de 2014

Tireoidite de Hashimoto

              A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune em que o próprio corpo produz anticorpos contra a glândula da tireoide, causando uma inflamação crônica. Geralmente ela se inicia após exposição a fatores desencadeantes (iodos, partos, fármacos) e geneticamente (fator importante). Os anticorpos que agem contra a glândula da tireoide são contra enzimas existentes na glândula (anticorpos antimicrossomais antitireoperoxidase) ou contra a tireoglobulina , que é uma das proteínas mais importantes da tireóide. Ela é uma doença sem dor, e ocorre principalmente em mulheres jovens ou de meia-idade e possui alta predisposição genética (pode atingir várias gerações de uma família).
 
                Os sintomas da tireoidite de Hashimoto podem ser locais ou gerais. O principal sintoma é o aumento de volume da tireóide. O aumento de volume da glândula é denominado bócio difuso. O bócio se apresenta quando a glândula não consegue produzir quantidade suficiente de hormônios para atender as demandas metabólicas do organismo. Para compensar, a glândula aumenta de tamanho para poder sintetizar maior quantidade de hormônios. A diminuição dos hormônios produzidos pela tireoide leva a um hipotireoidismo primário. O bócio pode ser classificado como endêmico ou esporádico. Além do aumento da glândula, pode-se constatar como sintomas: cansaço, fadiga crônica, sensibilidade ao frio, câimbras frequentes, ganho de peso, diminuição do apetite, sonolência, alopecia difusa (perda de cabelo), reflexos mais vagarosos, adinamia (falta de iniciativa), etc.
 
                O diagnóstico da doença é feito por ultra sonografia de tireóide ou cintilografia de tireóide. O exame de sangue permite dosar a quantidade de TSH (hormônio da hipófise que esitmula a tireóide), níveis de hormônios tireoidianos T3 e T4 e captura de iodo normal ou aumentada.
 
               No hipotireoidismo, os hormônios da tireoide T3 e T4 estão baixos e o TSH está elevado. Para tratá-lo, o paciente deve tomar o hormônio de tireóide (tiroxina) para compensar os hormônios T3 e T4. No hipertireoidismo, o exame verifica as taxas de T4 e TSH. Se os valores de T4 estiverem aumentados e o de TSH reduzido, o paciente é portador do hipertireoidismo. Para tratá-lo, o paciente toma Iodo radioativo (Iodo 131) que irá destruir o tecido tireoidiano com excesso de funcionamento. Apesar de existirem anticorpos contra a glândula tireóide, os medicamentos que diminuem o número desses anticorpos não está indicado por conta dos efeitos colaterais dessas drogas (corticoides, anti-inflamatórios ou imunossupressores).

Escrito por Kaique Morato S. Adelino

Referências:





 

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